Perfil, Estratégia & Desenvolvimento – Parte III Ainda que em alguns momentos possa parecer que não, temos muito poder de escolha sobre Ainda que em alguns momentos possa parecer que não, temos muitos

E aí investidor, voltando para completar a serie na qual prometi escrever sobre o processo que o investidor tem que passar para definir seu perfil e suas estratégias ao começar a jornada no mundo dos investimentos, principalmente em renda variável.

Depois que o investidor passa a entender o seu perfil, ele tem que definir uma estratégia e segui-la com disciplina, seja ela de gestão passiva, como o buy & hold, seja ela de gestão ativa. Benjamim Graham fala sobre essa diferença ao citar o Investidor-conservador e o Investidor-empreendedor, escrevi sobre isso no artigo anterior, caso não tenha lido clique aqui.

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Hábitos

Ainda que em alguns momentos possa parecer que não, temos muito poder de escolha sobre Ainda que em alguns momentos possa parecer que não, temos muito poder de escolha sobre uma série de coisas que tornam nossa vida melhor ou pior!uma série de coisas que tornam nossa vida melhor ou pior! Estou falando de mudanças de atitude, de hábito, e até de formas de pensar que dependem exclusivamente de nós e que, se tomadas, podem fazer uma diferença brutal em nosso dia a dia.

O primeiro processo de adotar novos hábitos, é começar a ler mais sobre como grandes investidores e empreendedores que tiveram sucesso, conseguir absorver a mentalidade destas pessoas e o que elas fazem em diversos cenários do ciclo econômico, como se comportam, qual a frieza na execução das estratégias. Outro ponto importante é o investidor começar a entender sobre negócios. Negócios reais, como as empresas faturam, o que elas vendem, como é o ciclo do processo de entrega, logística, industrialização e etc.

Lembre-se que muitas vezes você terá que ter ainda mais vontade que o habitual porque estará desafiando a “manada”, pois a maior parte das pessoas continuam agindo da mesma forma, não querem mudar de forma alguma e ainda não veem sentido em sua busca pelo conhecimento ou pelos “bens materiais”. Além disso, sua própria mente em algum momento pode tentar te boicotar, pois você estará saindo de sua zona de conforto para buscar seu sucesso e estará aprendendo coisas novas, o que terá fases mais fáceis e fases mais difíceis.

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Mas para isso o investidor tem que parar com as historinhas, parar de delegar culpas, ter auto responsabilidade nas próprias decisões, precisa entender a lógica do sistema e não ficar frequentado lugares onde as dicas são ótimas e todo mundo faz igual pois, justamente o que todo mundo faz é o que não vai dar resultados.

Vou citar alguns hábitos que adotei durante este processo de desenvolvimento:

- Menos TV, mais livros;

- Ouvir audiobooks no transito;

- Fazer exercícios físicos regularmente, sem aquela neura de ter que estar com o corpo que a sociedade define como modelo ideal.

- Dormir bastante! Ao contrário do que muitos pregam que não dormem e estão cheio de tarefas para cumprir.

- Ajudar quem está interessado, e dizer mais não do que sim.

- Buscar o conhecimento sempre, cada vez mais que aprendo, percebo que não sei nada.

Diante desses itens citados, percebe-se que a busca pelo comprometimento do objetivo desejado aumenta, você consegue focar.

Menos é Mais

Durante um tempo o investidor passa pelo processo de absorver conteúdo e informação de tudo que é lado, diversas opiniões de diversas pessoas do mercado, a obesidade mental aparece. Saber filtrar esse excesso de informações é primordial.

Mas como fazer isso? Nessa situação o investidor precisa acompanhar um raciocínio de acordo com seu perfil, receber indicações de bons conteúdo de outras pessoas que já passaram por isso, esse é o filtro natural. Digamos que é o atalho. Envolver-se com essas pessoas, criar o network e o mastermind em grupo de pessoas que tem o mesmo interesse, nivelar o conhecimento junto dessas pessoas, ao ponto que logo mais à frente ele mesmo irá ser o formador de opiniões. Como diz o pai rico, “você é a média das pessoas com quem convive”.

Somos educados e estimulados desde pequenos para acumular coisas, como se isso fosse sinal de progresso. As crianças colecionam carrinhos e bonecas. Os adolescentes compram roupas de marca, produtos eletrônicos e artigos esportivos. E os adultos adquirem o segundo ou terceiro carro, sonhando com uma casa maior para guardar tudo que suas crianças e adolescentes acumulam.

Quanto custa manter tudo isso em ordem? Roupas no armário que mofam, pois raramente são usadas e lavadas. Carros que rodam com o óleo do motor vencido. O filtro do ar condicionado da sala de TV que nunca é vistoriado. Coisas em excesso são como passivos: tiram dinheiro do nosso bolso e nos tiram o foco para as coisas de que realmente precisamos.

Algumas pessoas descobrem que viajar e acumular experiências relacionadas a pessoas, lugares e trabalhos diferentes é o que realmente as fazem sentir a vida na sua plenitude. Naturalmente elas se livram de todo o peso morto possível do corpo e da mente. Elas buscam se livrar de passivos materiais e psicológicos. Esquecem ou perdoam até as ofensas recebidas no passado.

Mas pouca gente descobre o caminho para obter as condições que nos permitem acumular boas experiências. Este caminho passa pelo acúmulo de ativos que geram renda passiva. Para que alguém um dia possa jogar tudo para o alto antes de viajar ao redor do mundo, por exemplo, é preciso que a questão financeira esteja absolutamente equacionada. O mesmo se aplica para aquele que deseja abandonar um trabalho enfadonho para finalmente exercer um ofício que lhe realize.

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Dar tempo ao tempo

Durante o caminho percorrido, o tempo é o melhor e o pior aliado, pois ele é o principal ativo que não volta mais, escassez total do tempo passado. Convém usarmos nosso tempo estudando, para ganharmos conhecimento e aplicarmos em ativos que nos darão renda passiva, substituindo nossos empregos formais, o que nos garantirá muito tempo e renda suficiente para usufruirmos das experiências e das coisas que a vida pode nos oferecer. Precisamos agir rápido, pois quanto antes tivermos independência financeira, antes nosso tempo será realmente proveitoso e nossa qualidade de vida aumentará exponencialmente.

O investimento precisa ter maturação para dar retorno, e é justamente isso que a maioria não consegue entender. Precisa acumular ativos durante uma década para logo mais começar a usufruir do fluxo de caixa que ele trará, mas o que a gente mais vê é justamente o contrário. A pressa por acertar um case de negócio que renda 10.000% em dois anos está na boca do povo, mas o psicológico para conseguir acertar negócio desses não está na mente da população.

Treinar esta mente e desenvolvê-la é o mais difícil no processo, precisar se tornar cético, ser otimista, mas saber montar o pior cenário possível na hora de tomar uma decisão.

Portanto, vamos aproveitar as oportunidades que o mundo moderno e digital está nos oferecendo: a informação. Informação que até pouco tempo atrás era escassa e hoje está abundante. Filtrar o ruído e se envolver com pessoas que vivem isso e têm tempo para ajudar a encurtar a curva do aprendizado, pois já amadureceram seus investimentos, já criaram o fluxo de caixa e que agora compartilham as boas informações.

“Em um mundo que muda, de verdade, rapidamente, a única estratégia com garantia de fracasso é não assumir riscos” – Mark Zuckerbeg.

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